“Acho que não é tão grave assim…”: a negação da perda auditiva e seus impactos
- Fga. Jéssica Lubczyk

- 22 de mai.
- 2 min de leitura
É comum que a perda auditiva comece de forma sutil. Aos poucos, a pessoa passa a pedir para repetirem o que foi dito, sente dificuldade em acompanhar conversas em grupo ou aumenta o volume da TV sem perceber.
Mesmo assim, a frase que mais ouvimos em nossa clínica é:
“Acho que não é tão grave assim…”
Essa frase, muitas vezes, representa mais do que uma simples opinião. Ela revela a negação da perda auditiva, um processo emocional que pode atrasar o início do tratamento e comprometer a qualidade de vida.
Por que é tão difícil aceitar a perda auditiva?
Negar a perda auditiva é mais comum do que se imagina — e tem razões emocionais muito fortes.
Afinal, admitir que se está ouvindo menos pode ser doloroso. Para muitos, é sinal de envelhecimento, fragilidade ou até dependência de outras pessoas.
Esse tipo de resistência pode se manifestar de diferentes formas:
Acreditar que os outros estão falando baixo;
Evitar situações com muitas pessoas para não precisar pedir que repitam;
Recusar-se a fazer um teste auditivo mesmo com os sinais claros.

O problema de adiar o diagnóstico
Quanto mais tempo se demora para buscar ajuda, mais difícil pode ser a adaptação ao aparelho auditivo.
Isso acontece porque o cérebro vai “esquecendo” como interpretar os sons com clareza.
E mesmo que o aparelho amplifique os sons depois, o entendimento pode já estar prejudicado.
Além disso, a pessoa pode começar a viver em isolamento social, se afastando de conversas, reuniões e encontros com a família — tudo por não conseguir acompanhar as falas com segurança.
“Não é grave”: será mesmo?
Se você já disse ou pensou essa frase, vale refletir com carinho:
Você consegue entender o que as pessoas dizem quando estão de costas?
Já se irritou por achar que os outros não falam direito?
Sente-se mais cansado depois de reuniões ou conversas longas?
Alguém da sua família já comentou sobre sua audição?
Esses são sinais de alerta que não devem ser ignorados.
A importância de um diagnóstico precoce
Fazer uma avaliação auditiva simples e sem dor pode ajudar a identificar se há, de fato, uma perda auditiva e em que grau ela se encontra.
E o melhor: quanto mais cedo isso for feito, maiores são as chances de adaptação e sucesso com o aparelho auditivo, caso seja necessário.
Na maioria dos casos, o aparelho não é sinônimo de limitação — pelo contrário: ele devolve autonomia, confiança e conexão com o mundo ao redor.
Negar não resolve — só adia
A negação da perda auditiva é compreensível, mas não precisa ser o fim da história.
Com empatia, informação e acompanhamento profissional, é possível virar essa chave e voltar a ouvir com qualidade.
Talvez seja hora de dar o primeiro passo.
Na Lubie Aparelhos Auditivos, oferecemos avaliação auditiva completa, orientação individualizada e um acolhimento verdadeiro.
Estamos aqui para te ouvir!






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