Aparelho auditivo: dúvidas frequentes antes de começar a usar

Se você está começando a considerar o uso de um aparelho auditivo — ou conhece alguém que está passando por esse processo — é natural ter muitas dúvidas. Para te ajudar, aqui vão perguntas mais comuns respondidas com base na experiência do dia a dia com os pacientes.

"Recebo pacientes todos os dias que chegam ansiosos, com medo de não se adaptar ou de não conseguir lidar com o aparelho no dia a dia", conta a fonoaudióloga Jéssica Lubczyk.

O primeiro passo é desmistificar o uso dos aparelhos auditivos e entender que eles evoluíram muito — tanto em tecnologia quanto em conforto. Confira as respostas para as dúvidas mais comuns.

“A adaptação é rápida?”

"Depende de cada pessoa", explica Jéssica. "Alguns pacientes se adaptam em poucos dias, outros levam algumas semanas. O importante é ter acompanhamento profissional e entender que o cérebro precisa de um tempo para reaprender a ouvir certos sons."

“O som não fica alto demais?”

Não. Diferente do que muitos pensam, os aparelhos auditivos atuais não amplificam tudo indiscriminadamente. "Eles são programados com base no exame de audiometria de cada paciente, priorizando frequências da fala e filtrando ruídos desnecessários", diz a especialista.

“As pilhas acabam muito rápido?”

Alguns modelos ainda utilizam pilhas, que podem durar de cinco a dez dias. Mas hoje já existem aparelhos com bateria recarregável. "É prático e sustentável. Você carrega à noite e usa o dia inteiro com tranquilidade", afirma Jéssica.

“Dá muito trabalho cuidar do aparelho?”

Com os cuidados certos, não. A manutenção envolve limpeza simples, armazenamento correto e revisões periódicas na clínica. "Ensinamos tudo na entrega do aparelho e acompanhamos de perto. Isso faz toda a diferença", explica a fonoaudióloga.

“Vou voltar a ouvir como antes?”

A perda auditiva não é revertida, mas o ganho funcional pode ser enorme. "O aparelho auditivo não devolve a audição natural, mas permite que a pessoa volte a escutar com conforto, participe de conversas e aproveite melhor a vida", explica Jéssica.

“Já comprei um aparelho e não me adaptei. Tem solução?”

Sim. Muitos pacientes chegam à clínica frustrados com experiências anteriores. "Isso acontece quando não há acompanhamento. Um bom ajuste, feito por um profissional experiente, muda completamente a experiência do paciente", garante ela.

Mais do que um dispositivo, o aparelho auditivo é uma porta de volta para a convivência, para o afeto e para o bem-estar.  Agende sua avaliação auditiva com quem entende de cuidado de verdade

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