Zumbido no ouvido: quando o barulho não para e a mente pede socorro
- Fga. Jéssica Lubczyk

- 12 de jun.
- 2 min de leitura
Nem todo sofrimento é visível.Às vezes, ele se manifesta como um som que ninguém mais ouve. Um chiado, um apito, um zumbido constante no ouvido — que acompanha o dia, invade as noites e tira a paz.
Quem nunca sentiu, não entende.
Mas quem vive com zumbido sabe: é cansativo, é angustiante, e pode se tornar insuportável.

Essa semana, ouvi de uma paciente algo que me paralisou por dentro:
“Doutora, eu já pensei em tirar a minha vida. Não aguento mais esse zumbido.”
Essa frase, dita com os olhos cheios de lágrimas, me lembrou o quanto o sofrimento auditivo pode ser silenciosamente devastador.
E o pior: muitas vezes, quem sofre escuta que está exagerando. Qu
e é só estresse. Que “é besteira”.
Mas não é.
O zumbido pode ter diversas causas — desde perdas auditivas leves até alterações neurológicas, emocionais ou metabólicas. Pode surgir após uma gripe, um trauma sonoro, ou mesmo sem um motivo claro.
ele afeta o emocional, o sono, a concentração, a qualidade de vida e, em casos mais graves, pode abrir caminho para ansiedade, depressão e pensamentos extremos.
É por isso que não basta dizer “ignora”.
Não basta mandar "relaxar".
Quem vive com zumbido precisa de escuta. De orientação. De tratamento. De apoio.
A boa notícia é que existe tratamento.
Em muitos casos, é possível aliviar o incômodo, reeducar o cérebro, ajustar aparelhos auditivos específicos ou usar terapias que devolvem o equilíbrio.
Cada caso é único. Mas uma coisa é certa: não precisa ser assim pra sempre. E você não está sozinho(a).
Se você ou alguém que você ama sofre com zumbido no ouvido, não ignore.
Procure ajuda. Converse com um(a) fonoaudiólogo(a) especializado(a). Busque acolhimento.
Porque o que parece “só um barulho” para os outros, pode ser um grito de socorro pra quem sente.
E toda dor merece ser escutada — com atenção, com cuidado e com respeito. 💛






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